21 junho, 2011

Envolvimentos...

Hoje conversando entre amigas eu disse algumas coisas que me fizeram refletir agora, quando fiquei sozinha...
O problema dos afairs quando acabam é perceber que você demandou energia demais pra alguma coisa que não chegou nem perto do que você esperava.
Eu ouço que eu me envolvo demais, me dedico demais, mas eu não sei ser diferente, não sei ser pior, não sei dar menos, nem aos amigos, nem aos meus pais, nem aos caras com os quais eu assumo que quero me relacionar.
Se eu estou, estou e além de tudo acredito fácil em mentiras bem contadas, contadas com aquele afeto peculiar do início.
Todo mundo vive me dizendo que eu não posso entrar tão de cabeça nas coisas, e todo mundo tenta me ensinar uma forma de fazer um jogo que faça com que o outro "se ligue" mais em mim, mas eu não se fazer jogos! Não acho confortáveis e nem sinceros. Não digo da magia e dos esconderijos necessários a qualquer paquera, mas das coisas que você não está afim, ou está e tem q omitir pq ficaria mto bobo se você dissesse, pareceria muito fácil se você fizesse. Essas coisas de deixar o telefone tocar bastante antes de atender, de não ligar nunka, de colocar uma roupa que pareça mais apropriada, de não beijar no primeiro encontro.
Milhões de dicas e fórmulas infalíveis que, até hoje, não funcionaram efetivamente com ninguém, porque das meninas e meninos que eu conheço, entre os que usaram e não usaram esses clichês, pouquissimos têm um par, na variedade mais infinita de personalidades e modos de lidar com as paixões.
No final das contas, a cada nova decepção com a pessoa humana, eu me vejo questionando o meu próprio modo de ser, de me entregar, que deveria ser um motivo para me orgulhar, já que eu vivo num mundo onde ninguém confia em ninguém, em que as pessoas tomam conta da vida e das preferencias das outras como se fossem donas delas.
Liberdade, levesa e individualidade não atraem, não agradam e não prendem mais. Estão todos amarrados a um monte de algemas imaginárias em cima das quais controem seus relacionamentos.
Me decepciono ainda mais com a pessoa humana que a cada momento aprende fingir mais, a mentir e a evitar conversas francas que deixem os fatos claros em busca de amizades e amores mais reais e menos distantes do que realmente querem ser, baseados principalmente na aceitação.
É fácil dizer que ama alguém e pedir que ele mude tudo por sua causa, é fácil também não dizer nada, e simplismente desaparecer, supondo que o outro irá entender. Eu, como indivíduo ligado a palavra, sempre sou a favor de dizer. Dizer tudo que possa vir a ser mal entendido no futuro distante ou não. DIZER, por que palavras que não nos custam nada, podem poupar grandes confusões no coração das outras pessoas.
Ainda me pego criando estratégias mentais e me controlando pra ser alguém diferente de mim neste momento. De mãos atadas no caminho ao esclarecimento do meu último mal entendido, espero que a decepção passe, que a raiva passe, e que a vontade de não ser mais como sou vá embora, junto com os olhares dolorosos dos que estão a minha volta que transparecem a convicção de que sou uma tola por que acreditou em palavras, tão tola tanto quanto estou me sentido nesse momento.

Um comentário:

  1. Oi line, estou fazendo um leilão de roupas no meu blog. Dá uma passadinha lá. Bjos com saudades..

    http://ourdreambox.blogspot.com

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